Metalúrgicos de são Leopoldo arrecadam mais de 150 cestas básicas em campanha contra a fome
Número oficial de donativos recolhidos junto de trabalhadores do Vale dos Sinos
foi divulgado nesta terça(25)
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMME-SL) arrecadou mais de 150 cestas básicas durante os mais de 20 dias de campanha solidária contra a fome realizada nas fábricas do Vale dos Sinos. O número oficial de donativos recolhidos foi divulgado na manhã desta terça-feira (25), após reunião dos dirigentes na sede da entidade, no bairro Morro dos Espelhos, em São Leopoldo.
Entre os dias 1º e 19 de maio, a entidade promoveu a ação “Vacina no Braço e Comida no prato“, que apelou para o espírito solidário da categoria, solicitando que cada trabalhador doasse ao menos 1kg de alimento não perecível para famílias em situação de vulnerabilidade social e residentes nos municípios atendidos pelo sindicato, que além de São Leopoldo, contempla a base metalúrgica de Sapucaia do Sul, Campo Bom e Esteio.
Conforme o presidente Valmir Lodi, o sucesso da empreitada mostra a unidade da categoria e a empatia dos trabalhadores para com aqueles que perderam seus empregos devido à crise sanitária, econômica e política ocasionada pela pandemia de coronavírus e pela falta de pulso do governo Federal para contornar a situação.
“Os metalúrgicos não fogem de uma luta, seja ela por direitos, pelo fim de injustiças e agora contra a fome. São quilos e mais quilos de alimentos que farão toda a diferença na vida de quem mais precisa”, comemorou o sindicalista.
Vacina, emprego e renda
Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e diretor do STIMMME-SL, Loricardo de Oliveira, a iniciativa é apenas um exemplo que deve ser seguido por todos.
“Este não é o final da solidariedade, mas o exemplo do que cada um pode fazer para ajudar seu semelhante em situação de necessidade. Nossos esforços agora estarão focados no enfrentamento do vírus e da pandemia de desemprego que afeta o nosso país. Queremos vacina, emprego e renda para o nosso povo. Só assim o Brasil vai voltar a ser feliz novamente”, destacou o dirigente.
Nos próximos dias, a direção do sindicato deverá se reunir para definir quais associações, Organizações Não-governamentais (ONGs) e comunidades serão beneficiadas com os alimentos arrecadados.
Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa e Segurança Alimentar (Rede Penssan), mais de 55,2% dos brasileiros convivem diariamente com a insegurança alimentar e 14,5 milhões de brasileiros estão desempregados ou sem nenhum tipo de renda.
“A situação é grave e esperamos uma resposta imediata das autoridades públicas. Enquanto tiver fome no Brasil, os metalúrgicos estarão vigilantes”, concluiu Lodi.